Eu tenho por hábito montar a minha árvore de natal, de pouco mais de 1,65cm, na esquina da sala todos os anos, com tudo a que ela tem direito: laços, bolas, luzes que piscam aleatoriamente e musiquinha alusiva à época. Mas a coisa ainda não aconteceu este ano.
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Árvore de Natal |
Apesar de não passar o Natal em Lisboa, faço-o só porque nada me fascina na pseudo-decoração das ruas de Lisboa e arredores. Natal nesta terra é ver montras decoradas com o dito cujo “Merry Christmas” e centros comerciais atafulhados de gente, gente e mais gente aqui e acolá…tropeça aqui tropeça ali, com licença, com licença…ops desculpe, mas não vê por onde anda? É mais ou menos este o cenário, com tendência a ser mais caótico ao fim-de-semana. É como dar um tiro no pé.
Ainda estou a ganhar coragem para tirar a árvore da dispensa. Está tão arrumadinha que até dá dó. Costumava ser só eu a olhar para ela. Convidava as amigas para virem cá jantar só para exibir a minha super árvore, mas este ano o Natal cá em casa vai ter outro sabor. Tenho um motivo mais forte para querer tirá-la das catacumbas. Este ano o Natal tem forma de coração e escreve-se com mais letras. É bom não estar sozinha, apesar de saber que no dia 22 de Dezembro vou para o pé das pessoas mais lindas do mundo, vou voltar a ver o quarto onde cresci, a cama onde dormi 18 dos meus 22 anos, vou voltar a abraçar as pessoas de quem gosto, vou voltar a respirar o ar da ilha do coração, o ar que conheço tão bem como a palma da minha mão.
Baci
M.